quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Petroleo inverteu a tendencia de queda

O petróleo inverteu da tendência de queda estando agora a negociar em alta, estando a avançar mais de 2% nos dois mercados de referência. A impulsionar a matéria-prima está a aprovação por parte do Senado de um “conjunto de princípios” para o plano para salvar o sistema financeiro dos EUA.O West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque, seguia a negociar nos 108,32 dólares ao registar uma valorização de 2,45% e em Londres o Brent do mar do Norte, que serve de referência à economia portuguesa, avança 2,18% para os 104,68 dólares por barril.O presidente do comité do Senado para a banca, Christopher Dodd, afirmou que os Republicanos e os Democratas acordaram um “conjunto de princípios” para o plano para salvar o sistema financeiro dos EUA.Dodd, que falou aos jornalistas, afirmou que os princípios hoje acordados vão permitir ao Congresso “agir rapidamente” e “enviar um sinal aos mercados”, de acordo com a Bloomberg.Com os investidores a acreditarem numa recuperação da maior economia do mundo, os receios de uma redução da procura de combustíveis diminuem, o que está a impulsionar a matéria-prima.Também a contribuir para a tendência está a queda das reservas de gasolina nos EUA, na semana passada para o valor mais baixo dos últimos 41 anos.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Petróleo cai quase 4% em Nova Iorque com Gustavo a perder força


Os preços do petróleo seguiam a negociar em mínimos de quase quatro meses nos mercados internacionais, com a matéria-prima a recuar quase 4% em Nova Iorque, à medida que as petrolíferas se preparam para restabelecer a produção no Golfo do México, depois do furacão Gustavo ter passado pela região.Os preços do petróleo negociado em Nova Iorque seguiam a cair 3,91% para 110,95 dólares, depois de já terem estado a desvalorizar mais de 4%, num dia em que a negociação é combinada com a de ontem, devido a na sessão anterior ter sido feriado nos EUA (“Labor Day”) e o mercado Nymex ter estado aberto para que os investidores pudessem responder ao furacão.Em Londres, o “brent” para entrega em Outubro deslizava 0,09% para 109,31 dólares, depois do furacão Gustavo ter descido para a categoria 2, à medida que vai perdendo força antes de chegar à costa do Golfo.A pressionar a matéria-prima está também a notícia de que a Royal Sutch Shell vai começar a verificar os danos hoje e poderá restabelecer a produção dentro de três a cinco dias. De acordo com a Conoco Philips, citada pela Bloomberg, não existem danos significativos nas plataformas da região.“É uma grande surpresa que o Gustavo não fosse tão poderoso como as pessoas pensavam”, adiantou um analista à Bloomberg.Desde os máximos de Julho, nos 147,27 dólares por barril, o crude afundou 25%, penalizado pelos receios de que o abrandamento económico afecte a procura e de que a valorização do dólar face ao euro retire o apetite dos investidores pelas matérias-primas.


quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Carros electricos... Será isto que nos espera??

Hoje em dia os carros que funcionem a energia electrica são vistos como uma das melhores formas de substituir a actual dependencia dos combustiveis fosseis ( neste caso leia-se petroleo).

Mas será que estamos perto de atingir o mesmo nivel de eficiencia que os motores tradicionais hoje nos oferecem??


Eu tenho as minhas duvidas... contudo deixo aqui uns exemplos do que poderemos ver nas nossas estradas num fututo proximo....
Estes carros deixam-me sempre com a sensação de que são de brincar, ou então que estamos a ver mais um episodio do Star Trek!!!




quarta-feira, 11 de junho de 2008

Quanto petróleo existe realmente no Médio Oriente?

Há apenas uns poucos meses atrás, economistas do petróleo estavam a debater se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo teria poder para manter os preços em torno dos US$20/barril. Havia conversas acerca da crescente procura de petróleo devido à nova prosperidade económica da China, mas a antiga percepção de que a oferta deve sempre igualar a procura num mercado aberto a funcionar adequadamente geralmente permaneceu intacta. Reconhecidamente, a verificação de que a produção da América do Norte estava em declínio inexorável, significava que a necessidade de importações crescentes não iria diminuir. A crescente dependência em relação ao petróleo do Médio Oriente levantou algumas preocupações, pois os países daquela região são habitualmente retratados como "politicamente instáveis". Alguns observadores concluíram que deve ter havido uma agenda petrolífera por trás da invasão do Iraque, como pareceu confirmar-se quando as armas de destruição em massa, as quais haviam sido apresentadas como a justificação para a guerra, revelaram-se não existentes. Ultrapassados aqueles dias o mundo enfrenta preços do petróleo em torno do dobro do nível anterior. Na verdade, US$50/barril está quase a ser visto mais como um piso do que um teto. Se fosse simplesmente uma questão de tomar o controle do Médio Oriente pela diplomacia ou de outras formas, os preços do petróleo podiam retornar aos níveis tradicionais e permitir aos EUA importar o que necessitasse, mas o que se passaria se o Médio Oriente revelasse ter menos petróleo do que habitualmente se imagina? As reservas de petróleo nestes países são efectivamente segredos de Estado, de modo que é impossível verificar as reservas provadas que são apresentadas nos relatórios habituais das bolsas. Existem várias bases de dados da indústria, mas elas pouco mais podem fazer do que relatar a informação oficial uma vez que elas próprias não estão em posição de avaliar os parâmetros geológicos ou de engineering em pormenor. REFERÊNCIAS HISTÓRICAS No fim, talvez a história proporcione a melhor esperança de fazer uma estimativa realista daquilo que esta região sempre tão crítica pode possuir. Examinando números antigos de Oil & Gas Journal descobrimos que o Kuwait relatou reservas de 65 mil milhões de barris em 1980. Ele havia produzido 20,28 mil milhões de barris até aquele momento, o que significa que um total de cerca de 85 mil milhões fora descoberto. Grande parte dele jaz no famoso campo de Burgan, descoberto em 1928, mas também havia um certo número de campos de dimensão gigantesca. Em 1984 a produção acumulada do Kuwait elevou-se para 21,53 mil milhões de barris, o que explica porque as reservas relatadas caíram para 64 mil milhões, uma vez que não houve descobertas significativas nesse intervalo de tempo. Contudo, em 1985 o Kuwait anunciou um aumento maciço de reservas em relação aos seus relatórios anteriores, de milhares de milhões de barris. Mas este quantitativo era próximo ao total descoberto, assumindo um factor de recuperação ligeiramente mais generoso. Foi sugerido que uma das razões para este súbito aumento foi um novo procedimento da OPEP segundo o qual as quotas de produção eram baseadas parcialmente nas reservas relatadas. O Iraque certamente ficou desagradado com a acção do Kuwait e institui procedimentos legais para a consequente perda de rendimentos, mas os outros países membros da OPEP não adoptaram qualquer acção imediata especial. Em 1987 o Kuwait acrescentou uns outros 2 mil milhões de barris, elevando o total relatado das suas reservas a 92 mil milhões, as quais pareciam ter levado ao extremo a tolerância dos seus vizinhos, os quais foram então forçados a reagir. Uma solução simples era relatar aproximadamente os mesmos números do Kuwait. Consequentemente, em 1988 o Abu Dhabi saiu-se precisamente com os mesmos 92 mil milhões de barris relatados pelo Kuwait, um salto de 31 mil milhões em relação ao que fora relatado no ano anterior; o Irão fez ainda melhor, relatando 93 mil milhões de barris, um salto de 49 mil milhões; ao passo que o Iraque, para não ser ultrapassado, saiu-se com um número redondo de 100 mil milhões de barris, um salto de 47 mil milhões. Mas a Arábia Saudita enfrentava a dificuldade de não ser capaz de equiparar-se ao Kuwait pois já estava a relatar mais. Ela ponderou a sua decisão durante mais dois anos antes de anunciar um aumento maciço dos 170 mil milhões de barris para 258 mil milhões, presumivelmente tendo decidido seguir o precedente do Kuwait quando relatou o total descoberto (também descrito como "reservas originais"), e não reservas remanescentes. Vale a pena notar que a Zona Neutra, que é partilhada pelo Kuwait e pela Arábia Saudita, não anunciou tal aumento, presumivelmente porque os seus dois proprietários não tinham motivos comuns para faze-lo. A Venezuela, do outro lado do mundo, foi obrigada a equiparar-se a estes eventos no Médio Oriente, aumentando as suas reservas relatadas para 56 mil milhões de barris em relação aos 25 mil milhões relatados em 1988. Justificou o movimento com a inclusão de petróleo não convencional, que até então não era contado. O que foi dito acima explica porque as reservas relatadas destes países pouco mudaram desde então, apesar da produção substancial. Tais acréscimos, tal como têm sido relatados, podem reflectir novas descobertas genuínas ou melhorias nas suposições acerca da recuperação. A ERA DO PETRÓLEO Presentemente o total relatado das reservas deste cinco países do Médio Oriente é de 696 mil milhões de barris, e a produção até à data é de 255 mil milhões de barris (incluindo a Zona Neutra e as perdas na guerra do Kuwait). Mas se os 696 mil milhões de barris representam o total das reservas descobertas, como sugere o argumento acima, isto significa que as reservas reais são de apenas 441 mil milhões de barris. A OGJ estima a reservas mundiais de petróleo para 2004 em 1.278 mil milhões de barris. Se removermos a anomalia do Médio Oriente acima discutida e os 179 mil milhões que foram acrescentados em 2003 relativos às areas petrolíferas canadianas, chegamos a um novo, mais realista, total mundial de 853 mil milhões de barris. Umas 65 estimativas publicadas da recuperação final (ultimate recovery) de petróleo convencional apresentam uma média de 1.930 mil milhões de barris. O mundo até então produziu 944 mil milhões de barris, e reservas realistas na base acima estabelecem-se nos 853 mil milhões de barris, o que significa que há 133 mil milhões de barris ainda por descobrir se aceitarmos aquela recuperação final. Novas descobertas, especialmente de campos gigantes críticos, têm estado a cair durante 40 anos, como confirmado pela ExxonMobil Corp. ao reduzir as reservas para menos de 10 mil milhões no ano passado. Isto sugere que na generalidade este cálculo não é incorrecto. Isto soa como se o mundo tivesse utilizado cerca de 49% da sua dotação de petróleo convencional, o que significa que está agora próximo ao ponto médio do esgotamento, o qual normalmente corresponde ao pico da produção. O próprio pico não é um evento particularmente significativo, mas a implacável inclinação declinante que se segue certamente o é. Podemos dizer, por outras palavras, que o mundo atingiu o fim da Primeira Metade da Era do Petróleo, o qual perdurou por 150 anos desde que os primeiros poços foram perfurados na Pennsylvania e nas margens do Mar Cáspio. Este período assistiu à expansão rápida da indústria, dos transportes, do comércio, da agricultura e do capital financeiro, possível em grande parte pela oferta da energia abundante e barata com base no petróleo. A população mundial expandiu-se seis vezes em paralelo com o petróleo. Agora, inicia-se a Segunda Metade da Era do Petróleo. Ela será marcada pelo declínio da produção petrolífera, e tudo depende dele. A transição provavelmente será um tempo de grande tensão e dificuldade, particularmente em relação ao capital financeiro. O capital foi gerado durante a Primeira Metade da Era do Petróleo com base na confiança de que a expansão de amanhã proporcionará a garantia (collateral) para a dívida de hoje. Segue-se que o sistema fracassará durante a Segunda Metade se o declínio do petróleo minar o espaço para a expansão. Isto parece um assunto sério, sublinhando a necessidade de maior transparência no relato das reservas. A ênfase está na palavra relato, pois os engenheiros agora podem fazer boas estimativas da dimensão de um campo petrolífero já no princípio da sua vida, especialmente com a ajuda de todos os avanços notáveis de tecnologia e de conhecimento. Mas assuntos sérios muitas vezes não são populares, o que explica porque muitas pessoas, incluindo aquelas no governo, podem preferir não saber

Situação agrava-se ao terceiro dia do bloqueio

De acordo com informações veiculadas pela Agência Lusa, os combustíveis já faltam em vários postos de abastecimento, com a corrida às bombas, no terceiro dia da paralisação dos transportadores e camionistas, que mantêm piquetes de controlo e os bombeiros temem ficar impedidos de prestar socorro.

A grande procura de combustíveis está a deixar "secos" muitos postos de abastecimento no Alentejo, incluindo nas cidades de Évora e Beja, constatou a agência Lusa numa ronda por várias gasolineiras.

Os piquetes de transportadores para levar à paralisação de camiões permanecem activos na região de Leiria, com dezenas de grevistas concentrados nalguns dos pontos estratégicos do distrito para impedir a circulação de pesados de mercadorias.

Vários apedrejamentos de camiões registaram-se durante a noite na A17, nos concelhos da Figueira Foz e Cantanhede, não tendo causado feridos, segundo a Brigada de Trânsito (BT), da GNR.

"Foram registados apenas danos materiais nas viaturas", disse à agência Lusa fonte da BT de Coimbra.

Algumas viaturas de reboque no Algarve e Alentejo, que se encontram paradas desde domingo, recomeçam hoje a recolher carros avariados e abandonados nas estradas, depois de terem chegado a acordo terça-feira com as empresas.

Rui Vieira, funcionário de uma empresa de pronto-socorro do Algarve e membro da comissão mediadora de transportes no protesto contra o preço dos combustíveis, afirmou à Lusa que três das maiores empresas de reboques aceitaram a proposta apresentada pelos trabalhadores.

O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, apelou hoje ao primeiro-ministro para que escolha a crise dos combustíveis como tema do próximo debate quinzenal na Assembleia da República, desafiando José Sócrates a apresentar soluções para a ultrapassar.

"Numa altura em que se vive no país uma crise social e económica clara parece-nos evidente que o primeiro-ministro deveria aproveitar o facto de vir ao Parlamento e escolher como tema o modo de solucionar a crise", disse Diogo Feio, referindo-se ao debate de quinta-feira.

O Porto de Leixões e o Terminal TIR, em Matosinhos, portagens de Marco de Canaveses e armazéns de abastecimento de hipermercados são alguns locais onde hoje se mantêm concentrados dezenas de camionistas, protestando contra o aumento dos combustíveis.

"Só estamos aqui para tentar convencer pacificamente os colegas a paralisar. Não obrigamos, nem batemos ninguém", disse António Pereira, da organização do protesto de transportadores de mercadorias.

A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) alertou, por seu lado, que pode estar em causa o socorro se não forem tomadas medidas urgentes para garantir o abastecimento das viaturas.

O ministro dos Transportes, Mário Lino está reunido com a direcção da ANTRAM

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Por em quanto ainda dá para rir...


Os pescadores já sofrem

O Governo está a estudar o lançamento de uma linha de crédito de 40 milhões de euros para apoiar o sector das pescas. As empresas mais pequenas terão uma bonificação de 100% e as de maior dimensão taxas de juro "altamente bonificadas", ou seja, acima dos 50%. Mas não avançará com esta medida sem primeiro falar com a Comissão Europeia, disse ao DN o ministro da Agricultura e das Pescas. Jaime Silva falou apenas desta hipótese, sem avançar com valores, com as 36 associações representativas do sector com quem se reuniu ontem e não assumindo qualquer compromisso, apesar de saber que a disponibillização de linhas de crédito com bonificação a 100% era um das reivindicações dos empresários.

Aquela não é, contudo, a única medida temporária que o Governo quer tomar para apoiar o sector no seu processo de modernização e para atenuar os efeitos dos preços dos combustíveis nos custos das empresas, já fragilizadas, assegurou Jaime Silva.

"Estamos também a tentar que Bruxelas nos autorize a antecipar o máximo possível dos 60% de fundos comunitários para apoiar projectos de reestruturação, no âmbito do Promar [Programa Operacional das Pescas 2007-2013]", adiantou o ministro. É que muitas das empresas dizem não ter capacidade para avançar com a totalidade do capital inicial que lhes compete. O governante admite ainda que outras soluções poderão vir a ser equacionadas, na sequência de reuniões que o Governo vai realizar com a comissão de trabalho que ontem propôs que fosse criada com quatro elementos representativos de todas as associações do sector. A primeira reunião desta comissão com o Governo decorrerá já na próxima semana.

Entretanto, no dia 21 de Junho, Jaime Silva reúne-se com os ministros das Pescas de Itália, França e Espanha para concertarem posições quanto às medidas de flexibilização a solicitar junto de Bruxelas para fazer face aos problemas que atravessam o sector. E espera que no dia 23, no Conselho de Ministros das Pescas da União Europeia seja tomada uma posição de consenso relativamente aquele dossier.

Fora de questão está a isenção da taxa social única para as empresas de pescas ou o estabelecimento de um tecto máximo para o gasóleo marítimo, outras duas reivindicações das associações. Na opinião de Jaime Silva, o problema do preço alto dos combustíveis afecta todos os sectores de actividade e qualquer medida de apoio directo às pescas para fazer face a esse problema abriria um precedente complicado. Contudo, reconhece que as empresas piscatórias são mais afectadas que outras com o aumento do preço dos combustíveis. O ministro relembra que o sector das pescas já tem isenção de imposto sobre produtos petrolíferos (ISP) e de IVA. O valor global dos impostos não pagos pelo sector das pescas anualmente já ascende a 22 milhões de euros. Na opinião do ministro, as empresas devem é reestruturar-se e modernizar-se. "Devem ganhar dimensão e estar presentes em toda a fileira, desde a pesca do peixe até à sua comercialização junto dos consumidores, por forma a ficarem com os ganhos que hoje ficam nas mãos dos intermediários."

Greve mantém-se

Apesar de a reunião de ontem entre Jaime Silva e as 36 associações representativas do sector ter durado duas horas, a paralisação das empresas de pesca, prevista para amanhã, vai manter-se. Quem o assegurou foi o responsável da Associação dos Armadores de Pesca Industriais, António Miguel Cunha, que no final do encontro leu um comunicado conjunto.

Assim, poderá faltar peixe fresco em Portugal e os preços vão subir nos próximos dias, dizem os empresários e sindicatos das pescas.

O ministro, por seu lado, defende que haverá apenas falta de algumas espécies, como a sardinha, mas não vai haver grande falta de peixe porque o peso das importações é elevado. Contudo, admite que os preços irão subir.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte alertou ontem os consumidores portugueses dizendo que deixará de haver peixe fresco no mercado já a partir do próximo fim-de-semana, na sequência da greve do sector que arranca amanhã.

"Peixe fresco, se houver, só da pesca paralela e ilegal, que não passa pelas lotas", adiantou aquele responsável, citado pela agência Lusa.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Preços voltaram a subir

Depois do comentarios dos lideres da OPEP em que disseram não perceber o que se passa com o mercado e do nosso presidente da republica vir dizer que existe muita especulação à volta dos preços do petroleo, mesmo assim os valores dos combustiveis voltaram a subir!!!
A Galp fez um reajuste em +0.7 centimos e a Repsol em +0.5 centimos!
Mais uma vez verificamos que isto parece ser o começo do fim e que para agravar a situação as grandes petroliferas aumentaram imenso os stocks de petroleo (ex. Galp + de 200%).
A OPEP que se gaba de ter petroleo para dar e vender não conegue aumentar a produção de froma a diminiur os preços pelo aumento da oferta.... Será que ainda à quem acredite que não passámos o pico do petroleo??????

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O Pico do Petroleo

Apesar de estarmos aqui a falar de fim do petroleo e que vai acabar e que pode ter preços muitos altos, deixem-me explicar porque é que isto vai acontecer....

Como todos devem saber o petroleo faz parte do grupo das energias não renovaveis, isto significa que assim que se esgotar não vai ser possivel voltar a aceder a este recurso.

As grandes regiões produtoras de petroleo no mundo são as seguintes:
- Medio Oriente
- Mar do Norte
- Russia
- Golfo do Mexico
- Venezuela e Brasil
- Nigeria
- Alasca

Aparentemente estariamos descansados estando todas estas regiões a produzir intensamente, contudo o que se passa é o seguinte:
Oficialmente todas estas regiões com a excepção do Medio Oriente, já ultrapassaram o pico maximo de produção, ou seja desde que um posso de petroleo é descoberto é sempre possivel estrair mais petroleo ou aumentar a produção até ao ponto em que a quantidade disponivel é inferior àquela que ja se extraiu.... Por outras palavras, passamos do meio para baixo!!! Eu disse oficialmente porque no medio oriente esta informação é segredo de estado, contudo a ultimas informações não oficiais tambem indicam que os campos de petroleo do maior produtor mundial a Arabia Saudita tambem já ultrapassaram o pico...

Será que estamos a perceber o problema que isto irá causar???

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Canais de distribuição globais....

Como já devem ter reparado, esta historia de que a globalização permite mil e uma coisas está mesmo enraizada.... e aparentemente todas estas coisas são boas ( pelo menos aos olhos dos principais lideres mundiais, quer politicos, quer de opinião ).
Contudo uma das coisas que a globalização nos trouxe e que nós vemos como fantastica é o ir ao supermercado e termos à nossa disposição produtos vindos de 10.000 Km de distancia e tomarmos isso como uma coisa normal.
Será que isto é uma coisa normal?? Será que não nos apercebemos que esse fenomeno só acontece +/- à 30 anos e que nós o aceitamos como uma coisa que vai ser sempre assim??? O que acontece é que para esse produto chegar até nós a um preço razoavel tem que ser o resultado de uma exploração ou produção intensiva baseada em consumos em larga escala de petroleo. Além de todo o consumo para a produção existe ainda toda a cadeia de distribuição que tambem assenta no recurso generalizado a petroleo.
E se fizermos este exercicio para o nosso carrinho de compras e para a maior parte dos produtos que encontramos no supermercado depressa nos apercebemos que sem um consumo em larga de petroleo provavelmente nao tinhamos acesso a 95% dos produtos.
Estes canais de distribuição globais funcionam como o motor de escoamento das produções excedentarias localizadas que existem no mundo, funcionando como um distribuidor mundial de recursos.
Se estes canais deixarem de funcionar atraves do preço proibitivo do petroleo ou mesmo da sua escassez ou desaparecimento como é que nós vamos ter acesso a todos esses productos a que estamos tão habituados?? Como é que os grandes produtores vão escoar os seus produtos?? O que fazer com industrias dimensionadas a uma escala global que apenas vão servir para abastecer o mercado interno dentro de um raio limitado de acção???

Acordar para a realidade

È com alguma apreensão que reparo que a maior parte das pessoas da minha geração ainda não se apercebeu que se as coisas continuarem assim iremos passar metade das nossas vidas sem petroleo e sem o modo de vida que temos hoje.
Se as previsões se verificarem e o petroleo apenas durar mais 30 anos, pensem bem o impacto que isso terá nas nossas vidas.
Hoje em dia todos estamos habituados a ir ao supermercado e comprar umas laranjas espanholas, uns morangos vindos do Brasil durante o inverno, centenas de produtos baratos fabricados na China por “tuta e meia”. Contudo se nos pusermos a pensar, chegamos rapidamente à conclusão que isso só é possivel devido a uma rede de distribuição completamente assente no petroleo.... Já pensaram que Portugal não é autossuficiente em produtos agricolas e que o que temos de bom é o turismo e as rolhas de cortiça??? Então e se os canais de distribução de produtos basicos parar??? Como é que vamos ter acesso aos produtos mais basicos para a nossa subrevivencia como são os produtos alimentares???
Alguem tem um bocado de terra e sabe plantar umas batatas???????

terça-feira, 20 de maio de 2008

O Livro

Fica aqui o livro com o mesmo nome do Blog e que lhe deu origem...
Aconselho todos a lerem e a tirarem as suas proprias conclusões.
A maior parte dos assuntos que serão tratados aqui estão em linha com as ideias defendidas no livro.


Sinopse

O mundo industrializado assenta na energia barata. Agora, porém, o festim dos combustíveis fósseis baratos está a chegar ao fim, as alterações climáticas revelam-se iminentes e existe a possibilidade de os nossos modelos de indústria, comércio, produção alimentar e transportes, a nível global, não sobreviverem. A civilização industrial está em grandes apuros e caminhamos, como sonâmbulos, rumo a um futuro de provações e turbulência. James Howard Kunstler relata-nos o que nos espera depois de ultrapassarmos o pico global da produção petrolífera e iniciarmos, mais cedo do que pensamos, a longa trajectória de depleção – mudanças económicas, políticas e sociais a uma escala épica - A Longa Emergência. Entraremos num território inexplorado da História.
Este livro apresenta uma visão alarmante do que nos espera, conferindo uma nova urgência a esta temática e proporcionando-nos acesso aos problemas críticos que modelarão o nosso futuro e que não podemos dar-nos ao luxo de continuar a ignorar.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Post #1

Este blog terá como principal objectivo alertar as consciencias de todos (ou pelos menos daqueles que se mostrem interessados) nos dias que estão para vir... A nossa sociedade tal como a conhecemos nos dias de hojes é completamente dependente e foi totalmente construida em torno da ilusão dos combustiveis fosseis baratos!!! Com o seu fim anunciado para os proximos 30 anos e com o barril de petroleo a chegar aos impensaveis (pelos menos à dois ou tres anos atrás) $127, está na hora de pensarmos como é que a nossa sociedade irá sobreviver a este fim anunciado.